domingo, 26 de junho de 2011

A Lenda da Onça da Mão Torta

Nos tempos antigos, havia um coronel que vivia afastado de todos: amigos, parentes, qualquer um. Vivia sozinho, não tinha empregados. Não tinha serviçais, nãoi criava animais nem plantava nada. Vivia amargurado, e todos tinham medo dele. Havia também um fato que lhe dava um aspecto mais assustador: tinha uma das mãos tortas.
Um dia, adoeceu. Como não tinha ninguém para que cuidasse dele, nem empregados para chamar o médico, morreu sozinho. E sua alma foi transformada numa onça, com a pata torta como a sua mão.
E aquela onça começou a atacar viajantes que passavam por ali. A área se tornou assombrada e temida por todos. Vários caçadores tentaram capturar a Onça da Mão Torta, como ficou conhecida. Mas nenhum destes caçadores obtiveram sucesso, pois nem as redes lhe prendiam, nem as balas lhe antigia.

O Homem e os Bois

Era uma vez um homem que trabalhava para um coronel dono de uma fazenda. Ele havia ido até a cidade e feito algumas compras, e devia voltar rápido para a fazenda. Mas ele estava cansado e resolveu dormir um pouco durante o trajeto de volta. Ele mandou os bois que dirigiam a carroça andarem enquanto ele dormia.
De repente, ele acordou. Viu então, que os bois estavam parados no meio da estrada.
- Diabo! - berrou para o nada, enquanto deu um chicote no lombo dos bois. Uma coruja branca como a neve veio e rasgou um pedaço da cobertura da carroça. Não sabia ele que era um anjo, que lhe avisava para não clamar o nome do Tinhoso com pouca fé daquele modo.
Mas ele não percebeu. Teve medo ao ver que sua única companhia eram os bois. Assobiou até pegar no sono novamente.
Pouco depois, acordou. Os bois estavam parados não muito longe de um lago.
- Diabo! - gritou novamente. Desta vez, escutou um eco:
- O que há?
Amedrontado, voltou a assobiar. Dormiu de novo.
Acordou. Desta vez, os bois estavam parados do lado do lago. Irritado, berrou mas alto:
- Diabo!! - Então, ouviu ao pé do ouvid uma voz congelante:
- Aqui estou...
E assim, sentiu que algo forte agarrou numa das tábuas da carroça e a arrastava para dentro do lago. E lá se foi o homem, os bois, a mercadoria, a carroça... tudo para dentro do lago...